18 de março de 2020



As dez coisas mais importantes que você precisa saber sobre o novo coronavírus

Veja aqui informações da OMS, cientistas e órgãos oficiais de saúde

Jornal da USP compilou uma série de recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde, cientistas e órgãos oficiais de saúde sobre o novo coronavírus. Veja o resumo abaixo.

1. Esse coronavírus é coisa séria. Não é “só mais uma gripe”. Há semelhanças nos sintomas, mas ele pode ser bem mais perigoso para idosos e é *muito contagioso*. É crucial que todos se previnam para reduzir a disseminação. Jovens e crianças correm menos risco, mas também já morreram da doença.
2. O mais importante é reduzir a velocidade com que o vírus se espalha. Se muita gente ficar doente de uma vez, hospitais e UTIs ficarão superlotados, sem vagas para quem mais precisa. Por isso, evite aglomerações. Se você não tem que sair de casa, não saia por enquanto.
3. A taxa de mortalidade geral do vírus varia de 2% a 7%, ou seja, a cada 100 pessoas infectadas, de 2 a 7 morrem. Mas para quem tem mais de 80 anos, chega a 15% – uma taxa superalta. A gripe comum, por exemplo, tem 0,1% de mortalidade.
4. Os sintomas da doença são parecidos com os de uma gripe ou resfriado: febre, tosse e dificuldade para respirar. Também pode haver dor no corpo, catarro e diarreia. Se você tem esses sintomas, é possível que tenha o coronavírus, então tome as precauções para proteger sua própria saúde e a das outras pessoas.
5. Os sintomas aparecem entre 2 e 14 dias após a infecção. A maioria das pessoas (cerca de 80%) desenvolve sintomas leves. Muitas nem chegam a apresentar sintomas. Mas atenção: mesmo essas pessoas podem transmitir o vírus, sem nem saber que estão doentes!
6. Cerca de 20% dos infectados apresentam sintomas mais graves e precisam de assistência. Esses casos podem evoluir para uma pneumonia e exigem internação em UTI. Quase 9 mil pessoas já morreram do coronavírus no mundo desde janeiro.
7. Se você sentir dificuldade para respirar, vá ao hospital imediatamente. Se tiver sintomas leves e estiver respirando bem, fique em casa, consulte um médico e faça uma quarentena voluntária. Assim você evita sobrecarregar hospitais, evita transmitir o vírus e ainda evita contrair outras doenças. *Se você não tem sintomas, não vá ao hospital!*
8. Assim como a gripe, o coronavírus é transmitido por secreções (saliva e catarro) e gotículas de água que são expelidas quando a gente fala, tosse ou espirra. A pessoa se infecta ao inalar essas gotículas ou tocar uma superfície contaminada pelo vírus, e depois levar a mão aos olhos, à boca ou ao nariz.
9. A única maneira de evitar o vírus é não ter contato com ele — e ponto final! Por isso as recomendações mais importantes são *lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações*, pelo menos por enquanto. Não tem fórmula mágica que resolva. Água quente, chazinho, vinagre e luz solar não matam o vírus — tudo isso é balela. Se informe para não espalhar fake news.
10. Pense no risco da epidemia para toda a sociedade e não só para a sua saúde. Mesmo que você seja jovem e saudável, pode transmitir o vírus sem saber para pessoas extremamente vulneráveis. O distanciamento social é uma medida drástica, porém necessária nesse momento — e eficiente! É um sacrifício menor agora, para evitar consequências muito piores mais adiante.
E lembre-se: consulte sempre um médico para tirar dúvidas e antes de tomar qualquer medicamento.
Por Jornal da USP – jornal.usp.br

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